terça-feira, julho 16, 2013

Ênfase em Ônibus Causa Prejuízo Social e Econômico, Afirmam Especialistas.

Sistema de transporte público adotado pelo país, dispendioso e causador de engarrafamentos, deveria dar lugar a opções como metrô, segundo participantes de audiência.


O modelo de transporte público brasileiro, baseado em ônibus, foi duramente criticado em audiência pública realizada ontem pela Comissão de Direitos Humanos (CDH). Apenas o presidente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, Eurico Galhardi, defendeu o sistema adotado.

Presidida por Paulo Paim (PT-RS), a audiência teve participação do público, que enviou perguntas aos senadores e palestrantes por meio do Portal e-Cidadania, pelo Facebook, pelo Twitter e pelo Alô Senado (0800 612211).

O jornalista Carlos Penna, do blog Meio Ambiente e Transporte, disse que o sistema baseado no modal rodoviário tem causado prejuízos sociais e econômicos.

— De 2000 a 2013, o Brasil ganhou 25 milhões de habitantes e 39 milhões de automóveis. A equação não está correta — afirmou. Ele lamentou o investimento em BRTs (sigla em inglês para ônibus de transporte rápido), em detrimento da ampliação das linhas de trens e metrôs.

— Corredores de ônibus não resolvem os congestionamentos. Ônibus não são capazes de transportar a mesma quantidade de gente que o metrô. O BRT tem sido privilegiado em detrimento dos veículos leve sobre trilhos.

Estamos gastando dinheiro numa solução do século passado — disse Penna.

Maria Rosa Ravelli, professora da Universidade de Brasília (UnB), ressaltou que o transporte público deve deixar de ser negócio para ser prestação de serviços. Ela se disse “escandalizada” com os bilhões gastos no Rio de Janeiro para a criação de corredores exclusivos de ônibus na capital do estado.

— A comissão e o Parlamento têm que estudar como é financiado o transporte em países onde o serviço funciona. Não precisa inventar, só olhar o que outros países fazem.

Plano de Mobilidade:

O diretor do Departamento de Cidadania e Inclusão Social da Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, Marco Antonio Vivas Motta, advertiu que municípios com mais de 20 mil habitantes têm até março de 2015 para concluir os planos de mobilidade urbana (PMUs). Sem eles, as prefeituras podem ficar até impedidas de receber recursos federais. A exigência está prevista na Lei 12.587, sancionada por Dilma ­Rousseff em janeiro.

Antes, o Estatuto da Cidade obrigava apenas centros com mais de 500 mil pessoas a elaborá-lo. Diante das dificuldades, o Ministério das Cidades está oferecendo capacitação para técnicos de aproximadamente 1.500 municípios.

FONTE: Jornal do Senado.
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Sistema de transporte público adotado pelo país, dispendioso e causador de engarrafamentos, deveria dar lugar a opções como metrô, segundo participantes de audiência.


O modelo de transporte público brasileiro, baseado em ônibus, foi duramente criticado em audiência pública realizada ontem pela Comissão de Direitos Humanos (CDH). Apenas o presidente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, Eurico Galhardi, defendeu o sistema adotado.

Presidida por Paulo Paim (PT-RS), a audiência teve participação do público, que enviou perguntas aos senadores e palestrantes por meio do Portal e-Cidadania, pelo Facebook, pelo Twitter e pelo Alô Senado (0800 612211).

O jornalista Carlos Penna, do blog Meio Ambiente e Transporte, disse que o sistema baseado no modal rodoviário tem causado prejuízos sociais e econômicos.

— De 2000 a 2013, o Brasil ganhou 25 milhões de habitantes e 39 milhões de automóveis. A equação não está correta — afirmou. Ele lamentou o investimento em BRTs (sigla em inglês para ônibus de transporte rápido), em detrimento da ampliação das linhas de trens e metrôs.

— Corredores de ônibus não resolvem os congestionamentos. Ônibus não são capazes de transportar a mesma quantidade de gente que o metrô. O BRT tem sido privilegiado em detrimento dos veículos leve sobre trilhos.

Estamos gastando dinheiro numa solução do século passado — disse Penna.

Maria Rosa Ravelli, professora da Universidade de Brasília (UnB), ressaltou que o transporte público deve deixar de ser negócio para ser prestação de serviços. Ela se disse “escandalizada” com os bilhões gastos no Rio de Janeiro para a criação de corredores exclusivos de ônibus na capital do estado.

— A comissão e o Parlamento têm que estudar como é financiado o transporte em países onde o serviço funciona. Não precisa inventar, só olhar o que outros países fazem.

Plano de Mobilidade:

O diretor do Departamento de Cidadania e Inclusão Social da Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, Marco Antonio Vivas Motta, advertiu que municípios com mais de 20 mil habitantes têm até março de 2015 para concluir os planos de mobilidade urbana (PMUs). Sem eles, as prefeituras podem ficar até impedidas de receber recursos federais. A exigência está prevista na Lei 12.587, sancionada por Dilma ­Rousseff em janeiro.

Antes, o Estatuto da Cidade obrigava apenas centros com mais de 500 mil pessoas a elaborá-lo. Diante das dificuldades, o Ministério das Cidades está oferecendo capacitação para técnicos de aproximadamente 1.500 municípios.

FONTE: Jornal do Senado.
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