quarta-feira, janeiro 01, 2014

01 de Janeiro: 20 Anos da Revolta de Chiapas


No primeiro dia do ano de 1994, entrava em vigor no México, o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio - NAFTA, assinado em parceria com o Estados Unidos e Canadá. O governo mexicano, mesmo consciente do elevado índice de insatisfação popular, principalmente no estado de Chiapas, região localizada na parte sul do país identificada como o estado mais pobre e marcado pelo predomínio de uma população de maioria indígena e camponesa que sofria na pele as dificuldades de se viver lado a lado com as desigualdades sociais, optou em priorizar uma agenda política ligada aos interesses do capital internacional. E isso gerou um dos maiores conflitos da história do país e que, mesmo após vinte anos de sua eclosão ainda persiste, implicando para o povo e governo mexicano uma "ferida aberta" que, infelizmente, ainda está muito longe de ser completamente sarada.

Com a assinatura do acordo comercial, a população se mobilizou e organizou uma grande revolta. Diante de um quadro social em crise, a maioria da população camponesa temia pelas mudanças que iriam ocorrer nas áreas rurais, já que a produção agrícola local iria concorrer diretamente com os produtos dos outros países signatários ao NAFTA. E diante de tal conjuntura, organizados pelo Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), eclode em Chiapas uma histórica revolta de indígena e camponesa que inauguraram o ano novo exigindo trabalho, terra, moradia, comida, saúde, educação, autonomia, liberdade, democracia, justiça e paz.

Foram 12 dias de conflito direto com o exército e governo mexicano. As cidades de San Cristóbal de las Casas, Ocosingo, Las Margaritas, Altamirano e outras foram tomadas pelos zapatistas, que por meio das táticas de guerrilha, dominavam  territórios e propagavam para a população que estavam lutando pela defesa de um projeto nacional pautado pela igualdade social, defesa dos povos mais pobres e antagônico aos interesses do capitalismo e do monopólio implantado no país.

Do dia primeiro de janeiro de 1994 até os dias atuais, somam-se vinte anos de conflito. De lá pra cá, ocorreram várias mortes, prisões e injustiças, mas, o exercito zapatista, ainda sob a liderança do subcomandante Marcos permanece na região resistindo. Várias aproximações foram tentadas, porém em nenhum momento os governantes asseguraram a defesa dos direitos das populações pobres e a distribuição equitativa de terra para as famílias camponesas. Os municípios em Chiapas ainda convivem com um alto grau de pobreza, cerca de 79% da população e são por essas circunstâncias que marginalizam e exploram o povo que o EZLN continua nas lutas e nas mobilizações se colocando extremamente contrário aos antagonismos impostos pelo modo de produção capitalista.
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No primeiro dia do ano de 1994, entrava em vigor no México, o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio - NAFTA, assinado em parceria com o Estados Unidos e Canadá. O governo mexicano, mesmo consciente do elevado índice de insatisfação popular, principalmente no estado de Chiapas, região localizada na parte sul do país identificada como o estado mais pobre e marcado pelo predomínio de uma população de maioria indígena e camponesa que sofria na pele as dificuldades de se viver lado a lado com as desigualdades sociais, optou em priorizar uma agenda política ligada aos interesses do capital internacional. E isso gerou um dos maiores conflitos da história do país e que, mesmo após vinte anos de sua eclosão ainda persiste, implicando para o povo e governo mexicano uma "ferida aberta" que, infelizmente, ainda está muito longe de ser completamente sarada.

Com a assinatura do acordo comercial, a população se mobilizou e organizou uma grande revolta. Diante de um quadro social em crise, a maioria da população camponesa temia pelas mudanças que iriam ocorrer nas áreas rurais, já que a produção agrícola local iria concorrer diretamente com os produtos dos outros países signatários ao NAFTA. E diante de tal conjuntura, organizados pelo Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), eclode em Chiapas uma histórica revolta de indígena e camponesa que inauguraram o ano novo exigindo trabalho, terra, moradia, comida, saúde, educação, autonomia, liberdade, democracia, justiça e paz.

Foram 12 dias de conflito direto com o exército e governo mexicano. As cidades de San Cristóbal de las Casas, Ocosingo, Las Margaritas, Altamirano e outras foram tomadas pelos zapatistas, que por meio das táticas de guerrilha, dominavam  territórios e propagavam para a população que estavam lutando pela defesa de um projeto nacional pautado pela igualdade social, defesa dos povos mais pobres e antagônico aos interesses do capitalismo e do monopólio implantado no país.

Do dia primeiro de janeiro de 1994 até os dias atuais, somam-se vinte anos de conflito. De lá pra cá, ocorreram várias mortes, prisões e injustiças, mas, o exercito zapatista, ainda sob a liderança do subcomandante Marcos permanece na região resistindo. Várias aproximações foram tentadas, porém em nenhum momento os governantes asseguraram a defesa dos direitos das populações pobres e a distribuição equitativa de terra para as famílias camponesas. Os municípios em Chiapas ainda convivem com um alto grau de pobreza, cerca de 79% da população e são por essas circunstâncias que marginalizam e exploram o povo que o EZLN continua nas lutas e nas mobilizações se colocando extremamente contrário aos antagonismos impostos pelo modo de produção capitalista.
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